“Pede para o pessoal do jornalzinho”.
Qual profissional da área de comunicação, especialmente a que existe nas organizações já teve o ‘prazer’ de ouvir essa frase? Arrisco-me a dizer que a maioria….
Por culpa dos colegas de trabalho? Do gestor? Não, era cultural, esses jargões, diminutivos e terminologias há menos de 5 anos ainda faziam parte da rotina do comunicador. A área de comunicação era conhecida pela organização dos eventos e os profissionais carregavam nos ombros todos os diminutivos decorrentes da falta de credibilidade do departamento. Mas, se durou tanto tempo, temos que – sem menosprezar a classe – admitir que os profissionais faziam por merecer; e muitas vezes atuavam, de fato como o pessoal do jornalzinho.
Porém, juntamente com a evolução das ferramentas de comunicação, sejam impressas ou eletrônicas, o perfil desse profissional também mudou, mudança essa, pouco percebida no mercado mas extremamente valorizada dentro das organizações.
Mudaram-se as grades curriculares, mudaram-se as exigências, encontraram fundamento para a necessidade do tal ‘conhecimentos gerais’. Saber escrever bem já não basta é preciso conhecer seu país, sua organização, entender de políticas públicas, de plataformas de comunicação, é preciso acompanhar as mudanças super velozes dos mercados e seus lançamentos, é preciso ser e estar.
E sendo e estando é que os comunicadores conseguiram seus créditos, conseguiram conquistar seu espaço. Hoje tem comunicador ganhando prêmio de comunicador (Prêmio Comunique-se) tem jornalista fazendo ‘pseudo-comédia’ na televisão mas com capacidade crítica suficiente para estar em Brasília questionando as decisões.
Hoje o pessoal do jornalziiiiiiiinho é o pessoal da mega estratégia, do super valor agregado, da hiper análise swot, do fenomenal Arnaldo Jabor e Professor Pasquale… é isso!