O Brasil apresenta uma das maiores taxas de uso de blogs, sites de comunidades (Orkut, MySpace, Facebook) e de criação de conteúdo coletivo na internet mundial. São cerca de 40 milhões de brasileiros que utilizam a rede regularmente. Do total, 64% participam de sites de comunidades e 13% criam ou atualizam blogs.
Diante desse cenário, podemos perceber que as empresas, sejam de pesquisa ou não, devem se preparar para coletar e analisar as opiniões geradas pelos consumidores nesse ambiente, caso contrário, podem perder espaço no mercado.
Esta conclusão pode ser retirada do estudo “Paper Blogs e Comunidades Online: pesquisa 2.0”, realizado pelo Ibope Inteligência.
Todos nós devemos aceitar que a presença da web e das redes sociais virtuais no nosso cotidiano veio para ficar, e que sem dúvida tem alterado alguns paradigmas que as empresas tinham em relação aos seus produtos e consumidores.
Atualmente, o consumidor não está passivo, a espera de uma resposta das empresas. Ele está em busca de conteúdo e informações que são relevantes e principalmente verdadeiras para a sua realidade. Além disso, aparentemente há um desejo por parte do usuário, que foi potencializado pela disseminação das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação, de gerar conteúdo, de “tornar-se uma celebridade”.
Nos sites de redes sociais, como Orkut, Facebook, blogs, etc, estes consumidores encontram o ambiente ideal para satisfazerem estas necessidades. Lá são postadas, espontaneamente, informações sobre suas preferências, hábitos, marcas preferidas, etc.
Como diz a regrinha do marketing: “esteja onde seus clientes estão”, as empresas também devem estar atentas a este movimento, visto que, por desejo próprio ou não, estas empresas estarão na rede. Seja como uma comunidade: “Eu odeio tal marca”, como “Eu amo a marca X”. Isso é inevitável!
Dentre as várias formas de utilização do potencial das redes sociais virtuais nos negócios, é justamente a realização de pesquisas neste ambiente.
Vantagens:
– Espontaneidade nas informações;
– Passível de análise quantitativa e qualitativa;
– Permite identificar formadores de opinião;
– Permite identificar tendências para novos produtos e serviços;
– Permite identificar o posicionamento que sua empresa tem para seus clientes.
É claro que outras formas de pesquisa possuem alguns destas vantagens mencionadas, no entanto, penso que o principal diferencial, de pesquisa 2.0 é justamente o fato de você poder perceber as interações entre os clientes e entre eles e sua marca de forma espontânea e num ambiente natural.
Mas se este movimento é inevitável e incontrolável, o que fazer? Monitorar e interagir são as respostas.
No artigo da próxima semana, tratarei de uma metodologia qualitativa de pesquisa na web: a netnografia. Não percam!
2 respostas
Adorei o artigo. Gostaria de saber onde posso encontrar esses dados na íntegra. Você poderia disponibilizar o link? Grata.
Oi Marcella,
Que bom que vc gostou do artigo.
A fonte dos dados numéricos, você poderá encontrar no site: http://www.cgi.br, que é o Comitê Gestor da Internet no Brasil; e em uma pesquisa que você pode achar na internet, chamada de Futuro da Mídia ‐ Deloitte.
Além dessas fontes você poderá encontrar dados do Ibope, que são conseguidos diretamente do site. Algumas informações você poderá encontrar nos releases que eles enviam a toda a imprensa, que geralmente são uma compilação dos principais resultados. E outras informações só mediante um cadastro no site.
Espero ter ajudado.
Abraços