Muito além dos 90 minutos

A Copa do Mundo de 2014 trará uma série de mudanças ao país e ao futebol. Os estádios, palcos das partidas, sofrerão uma importante mudança.

Atualmente os estádios brasileiros não admitem que outras formas de exploração de receitas sejam implantadas. Podemos salvar dois clubes e seus respectivos estádios: São Paulo, com o Morumbi, e o Inter, com o Beira-Rio. Ambos os clubes já oferecem diversos serviços aos seus torcedores, que vão além dos 90 minutos de cada partida.

Estádio do Maracanã

Em 2014, praticamente todos estádios estarão no modelo de arenas multiuso. Para se ter uma dimensão da importância de se implantar novos serviços dentro dos estádios, é só ver o que arrecadam o Manchester United e o Real Madrid com seus estádios.

Os matchdays (receitas geradas em dias de jogo) representam uma parcela fundamental para os clubes europeus. Na temporada 2009/2010, o Man United gerou 127 milhões de euros (39% da receita total) apenas com a utilização do Old Trafford a cada partida. Já o Real Madrid, arrecadou 101.4 milhões (25%) com os jogos no Santiago Bernabéu.
Estas receitas são provenientes de: bilheteria, restaurantes, lojas, camarotes e bares. Fora dos dias de jogo, o estádio possibilita também eventos corporativos, congressos, visitas guiadas com profissionais especializados e até festas de casamento e aniversários.

Nos EUA, nos jogos da NFL e NBA, por exemplo, os patrocinadores têm a oportunidade de impactar seus torcedores a todo momento. Já notaram quantos intervalos se tem em cada jogo? Por isso que se admite que o futebol por lá nunca será completamente difundido, pois é um esporte que pode terminar empatado e o primeiro intervalo só se tem após 45 minutos. Para a cultura americana, isso nunca foi agradável.

Explorar seus estádios como fazem os europeus, levando não somente uma partida, mas um entretenimento familiar e, como fazem as ligas norte-americanas, um espetáculo a cada jogo, é a chave do sucesso. Matéria simples implantar no Brasil? Não mesmo. Mas é de suma importância que se abra a possibilidade desde já e se comece a admitir que o modelo utilizado por aqui é ultrapassado.

A comparação com a Europa se tornou redundante e cansativa. Ela deve ser vista como um modelo a ser seguido. Já as ligas norte-americanas, berço do marketing esportivo, sabem como fazer do jogo, apenas um detalhe em meio a tantas experiências. Até 2014, e principalmente depois, o Brasil terá que implantar um misto de ambos os cases de sucesso do futebol na Europa e do esporte nos EUA.

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