Marketing esportivo: A valorização da SuperLiga de vôlei

O vôlei brasileiro ganhou notoriedade na década de 90, e a partir disso, ficou reconhecido mundialmente com diversos títulos de expressão, entre mundial e olimpíadas. O reflexo desse sucesso fez com que o movimento que ocorre no futebol, acontecesse também no vôlei, onde diversos jogadores se transferem para Europa em busca de melhores salários e competitividade. O lugar mais comum entre os jogadores sempre foi o mercado italiano.

De alguns anos pra cá, o efeito tem sido inverso. Os jogadores têm retornado e não saído mais do país. E a nova geração do vôlei opta por permanecer nos clubes brasileiros, aumentando assim a competitividade da liga local.

No último sábado, ocorreu a final do Paulista entre Sesi e Vôlei Futuro, onde o Vôlei Futuro venceu por 2×1, em confronto de 3 partidas, com ginásios lotados, caravanas para os jogos, telões nas cidades de cada partida e um público fervoroso pelo esporte.

Marketing esportivo - A valorização da SuperLiga de Volei

Esta é a festa esperada para a SuperLiga de volêi 2010/2011. A masculina já começou, e praticamente todos atuais jogadores da seleção brasileira estão na Liga, sem falar em Giba, Escadinha, Gustavo, Ricardinho e outras feras que fizeram história na seleção e hoje se dedicam apenas aos clubes.

A feminina começará no próximo final de semana e o cenário é também muito otimista. Das doze integrantes do ouro em Pequim-2008, dez jogarão a Superliga, apenas Fofão e Walewska jogam no exterior.  Além disso, das quatorze jogadores que foram vice-campeãs do Mundial deste ano, treze estarão na SuperLiga.

Calendário pronto, transmissão para TV fechada de diversos jogos, ginásios lotados e patrocinadores loteando os uniformes. É um esporte que proporciona experiência de marca a cada partida. Os patrocinadores ativam seu patrocínio com camisas para as torcidas, sorteios e shows durante o intervalo. É um esporte que consegue proporcionar isso, fato que no futebol, as empresas ainda não conseguiram achar o melhor meio para tal.

É um cenário positivo, que poderia ser melhor se a tv aberta olhasse com maior carinho e transmitisse as partidas, como ocorre no vôlei italiano. Mas a briga direta com o futebol e F1, faz com que o vôlei não tenha o espaço desejado.

Ary Graça, presidente da CBV, admite a dependência pela Globo e não poder lutar contra ela. Ainda assim, segundo ele, é interessante para os patrocinadores ter apenas a final transmitida pela Globo, pois assim o impacto é muito maior do que a transmissão de vários jogos para um menor público, como ocorre na Sportv.

O volêi é o segundo esporte no Brasil em evidência na mídia, perde apenas para o futebol, e ainda assim nos deparamos com o cenário de empresas deixando as equipes por “boicote” da TV às suas marcas. Se apenas as equipes que chegam a final conseguem este “benefício” da TV, teremos a cada ano, novas e pequenas equipes deixando o volêi por falta de verba e estruturas de jogo.

Compartilhe agora
divider-tags
Saiba mais sobre:

2 respostas

  1. Muito bom o texto e concordo com ele.
    Sou uma apaixonada por esportes e principalmente por futebol e vôlei. Não consigo entender o motivo pelo qual as empresas, as emissoras de tv e até mesmo o governo, não apoiam e incentivam o voleibol brasileiro, que tantas conquistas traz para o país.
    É entendível que o futebol é a paixão nacional e sempre terá mais espaço, mas o vôlei é um esporte sem escândalos e sem corrupção, como tanto vemos no mundo dos gramados.
    Por que não apoiar este esporte? Este que cada vez mais está crescendo e ganhando novos torcedores.

  2. Dizer que o Brasil é país do futebol e ponto é uma injustiça com outros esportes, especialmente com o vôlei, que tem títulos tanto em campeonatos mundiais, como em olímpiadas e pan-americanos. É um esporte de muito mais conqusitas e também um mercado mais fácil para inserção de marcas. A única grande presença de marcas no futebol é “enfeiando” as camisas das equipes, fazendo dos jogadores verdadeiros “mendoor” para propaganda de tanta coisa ao mesmo tempo. Outra coisa, a tentativa de tornar a F1 novamente um “esporte paixão” dos brasileiros eu também acho falha. Na transmissão da final feminina do vôlei os comentaristas falavam o tempo inteiro sobre a corrida que ia acontecer em seguida e que SEQUER tinha brasileiro disputando título, parecia um “aqui tanto faz quem ganhe, lá é o que importa”. Em gerações passadas, onde quem ganhava uma corrida era o piloto e sua habilidade, tínhamos esportistas que dizem que dava gosto de assistir, hoje é o que a gente vê, equipe que escolhe qual piloto vai ganhar e etc.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode gostar

Mentoria para donos de negócios locais, comércio e varejo

Mentoria de Marketing Digital e Vendas para donos de negócios locais e microempresas do comércio e varejo.

5 Estratégias de Marketing e Vendas para sua empresa ter sucesso em 2024

Confira esse artigo com 5 estratégias de Marketing e Vendas para sua empresa ter sucesso em 2024 e saiba como aplicá-las hoje mesmo.