É curioso perceber como o comportamento do consumidor muda a cada dia que passa. Antes, comprava-se sem opção de mercadorias, utilizavam-se as reais funções do produto. Tempos depois, várias opções do mesmo produto lotavam as prateleiras dos mercados, estimulando a era da diferenciação. Hoje, muitos estudiosos da terceira fase do consumo, afirmam que estamos vivendo a era do consumo pela felicidade. Compra-se pelo prazer, compra-se pela satisfação.
Mais do que antes, as marcas têm grande função na determinação da escolha dos produtos a serem consumidos. Por mais que as pessoas tenham se tornado independentes, e as funções e motivos de consumo tenham mudando uma coisa não mudou: o consumo está ligado à percepção do outro sobre quem usa essa ou aquela marca.
Uso nesse texto, um trecho de Carlos Drumond de Andrade que me inspirou, sobre o consumo, o escritor diz:
“Em minha calça está grudado um nome, que não é meu de batismo ou de cartório, um nome… estranho.
Meu lenço, meu lençol, meu chaveiro, minha gravata e cinto e escova e pente, meu copo, minha xícara, minha toalha de banho e sabonete, meu isso, meu aquilo, desde a cabeça ao bico dos sapatos, são mensagens, letras falantes, gritos visuais, ordens de uso, abuso, reincidências, costume, hábito, premência, indispensabilidade, e fazem de mim homem-anúncio itinerante, escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda!”
O webconsumo – que tem sido foco dos meus textos – trouxe consigo uma característica que mais tem chamado atenção: a realização de um consumo prático e sem esforços. Por mais que esse consumo seja feito sem precisar sair de casa, as pessoas ainda não se libertaram do prazer de se sentirem reconhecidos e vistos por adquirirem determinada marca ou produto.
A sociedade “virtual “ de consumo tem se atualizado com relação à sua forma de comprar, mas nem toda a tecnologia crescente que ocupa cada vez mais espaço no mundo, foi capaz de anular a necessidade de comprar para se mostrar. Concordo que as pessoas estão cada vez mais interessadas em se sentirem bem e felizes, e isso muda também o comportamento dos consumidores. Mas não podemos negar também, que ser visto, reconhecido e admirado por vestir uma grande marca que estampa um produto, faz parte dessa felicidade… que na verdade, não sabemos até onde é real.
3 respostas
Os próprios picones das redes sociais, o RT e o Curtir demonstram que a praticidade tornou-se a bola da vez.
Abraços
ícones!
É um fato, consumir e estar na moda faz parte da necessidade de socialização, uma questão básica nas mega tendências do marketing.
Não é a toa que o marketing de boca a boca acaba sendo importante sobretudo nas mídias sociais.
Convido a lerem 2 artigos:
Marketing de Boca a Boca
http://www.madraint.com/2010/marketing/marketing-de-boca-a-boca/
Mídias Sociais – Confiança e Credibilidade
http://www.madraint.com/2010/marketing/midias-sociais-confianca-e-credibilidade/
abs//