O e-commerce, assim como a Internet, não para de crescer no Brasil. Assim como a Internet tem um enorme potencial de crescimento, pois só 30% da população acessa a web, o e-commerce tem um potencial de crescimento maior ainda, afinal, dentro dos 30% que acessam, apenas 25% compram. Em números absolutos, em 2009 dos 70 milhões de pessoas que acessaram a web, apenas 17 milhões compraram. Esse ano, 2010, dos 77 milhões de pessoas que vão acessar a web, cerca de 23 milhões farão ao menos uma compra online. Cresce os números, a proporção se mantém a mesma e o potencial de crescimento também. Mesmo assim, o Brasil ainda detém 61% do que é vendido em toda a América do Sul, o que mostra que se o Brasil, mesmo com todo o potencial, ainda está atrasado com relação aos EUA e Europa, Argentina, Chile, Uruguai estão mais atrasados ainda.
Existem alguns problemas para que o e-commerce não “decole” ainda como deveria. A entrada da classe C na web é algo importante tanto para a web, como para o e-commerce, mas é nova e essa população ainda está aprendendo a mexer e usar a rede; mesmo sendo a população que mais consome online, ainda é tímida a sua participação. Quando essa classe começar a entrar de vez no comércio eletrônico, acredito que o e-commerce vai ser um dos canais mais fortes de venda no País. Saiba mais sobre a Classe C na web clicando em http://migre.me/2aJgE
Recentes pesquisas, mostram que o e-commerce no Brasil deve fechar em 23 bilhões de reais em 2010, apresentando crescimento de 40% sobre 2009. Esse dado é muito bom e mantém o crescimento de 2009 sob 2008. Se o mercado continuar a crescer nesse ritmo será excelente para todas as partes. Mesmo que uma enorme porcentagem fique nas mãos da B2W (Submarino.com. Americanas.com, Shoptime.com e Ingressos.com) outras empresas estão vindo bem forte para acabar com a hegemonia da B2W. Isso abrirá uma concorrência entre as lojas o que pode – e acredito que vá – beneficiar o consumidor final. Nova.com (Grupo Pão de Açúcar, Casas Bahia, Ponto Frio) e Máquina de Vendas (Ricardo Eletro e Insinuante), além de Carrefour e Wal-Mart não estão no e-commerce apenas por estar, estão atrás de metas agressivas de vendas. A força de suas marcas no “mundo offline” pode impulsionar as vendas online, pois o consumidor pode ter a percepção de que se ele compra na loja física da Casas Bahia, ele pode comprar no online com a mesma segurança.
Mas não é apenas as lojas que impulsionam o comércio eletrônico. O turismo no Brasil é um fator de sucesso. As métricas de vendas de institutos como o e-Bit não contabilizam passagem aéreas, se o fizesse, o número de lucro do e-commerce seria muito maior. Por exemplo, 85% do que a GOL vende de passagens é pela web. Empresas de turismo de olho nesse comportamento, já começam a vender pacotes de turismo pela web. Isso, com certeza vai impulsionar vendas, pois a Classe C tem aspiração em viajar de avião. 40% deseja fazer isso nos próximos 12 meses.
Comprar pela web ainda é uma barreira cultural, mas se as empresas começarem a educar seus clientes, mostrar as facilidades, melhorarem o relacionamento e entrega, acredito que as pessoas sentirão mais segurança nas compras e podemos rapidamente pular de 23 para 50,60 milhões de pessoas comprando, afinal, em 3 anos pulamos de 37 para 70 milhões de internautas, porque não sonhar?