As mulheres e o universo do consumo

Nessa semana de Carnaval, comemora-se também o Dia Internacional da Mulher (08/03). E para comemorar essa data homenageando as leitoras do nosso blog, O Melhor do Marketing preparou uma semana toda com posts direcionados ao universo feminino. Nossos colunistas capricharam, confira o primeiro artigo, de Felipe Morais.

Vender um produto para uma mulher é diferente de vender para um homem: as mulheres são mais detalhistas, querem saber mais sobre os benefícios do produto e têm outros motivos para fazer uma compra. São mais vaidosas, se preocupam mais com o corpo, beleza e cabelo.

Nós, homens, vamos ao shopping de bermuda, camiseta e chinelo. As mulheres se produzem, querem que as pessoas as vejam lindas, querem olhar no espelho e dizer “hoje estou bem. Vou arrasar”. Um ex-chefe meu dizia: “Homens andam. Mulheres desfilam”.

Nesse especial do Dia Internacional da Mulher, que o site O Melhor do Marketing preparou, fico muito feliz em escrever sobre esse universo tão vasto. Escrever sobre o comportamento de compra das mulheres é ao mesmo tempo fascinante e difícil, pois não quero preparar esse texto com os estereótipos comuns como: “mulheres compram mais, mulheres compram por impulso, mulheres compram…”. Homens também compram por todos esses motivos!

O texto abaixo será uma reflexão de um planner digital atrelado a uma recente pesquisa do IBOPE Mídia sobre hábitos e comportamentos das brasileiras em relação a compras e saúde. Cada vez mais, as mulheres estão preocupadas com a saúde, não apenas a sua, mas também da sua família. O culto ao corpo, que ganhou a moda nos anos 90 com ícones como Solange Frazão, nunca esteve tão em alta, e a geração Y (1979 – 1990) está cada vez mais adepta à qualidade de vida em primeiro lugar.

Para 80% das mulheres, manter a forma é extremamente importante e pagariam qualquer preço para ter uma boa saúde, o que mostra o porquê da evolução na venda de produtos para emagrecer, estética e o volume de alunos em academias. A mulher sempre quis ficar linda, esse não é nenhum segredo, entretanto agora querem ficar mais lindas.

Falando na parte de consumo, as mulheres tem preferido lojas de rua às de shopping. Talvez pelo fato das lojas de rua terem valores mais baixos nas roupas e por ter mais lojas em rua do que em shoppings. Mas mesmo em grandes centros, como São Paulo por exemplo, o número de shoppings tem crescido muito. Cerca de 79% das compras foram de roupas femininas e 61% de calçados. O gasto médio foi de R$ 190,83. Mais um dado que mostra o quanto as mulheres querem se sentir lindas e de bem com a vida.

A compra, para uma mulher, ainda mais de produtos como roupas e sapatos, é uma satisfação, um prazer e uma conquista. Comprar um sapato novo em muitos casos é um trabalho que exigiu meses de economia e “namoro”, mas que valerá a pena, mesmo que esse sapato seja usado apenas uma vez. Valeu a pena.

O número de mulheres que compram pela Internet quase dobrou em relação a 2010. 18% disseram ter comprado um produto, frente a 10% no ano passado. Em pesquisas do E-bit, os homens dominam as compras na web (60%), entretanto, esse dado mostra que as mulheres estão querendo comprar mais pelo canal. Outro fator que mostra isso é que 95% dos produtos de saúde e beleza são vendidos para mulheres e esse segmento já é o 2º que mais vende na web atrás apenas de livros e DVDs.

Mulheres, como disse no começo do artigo, gostam de pesquisar para achar não apenas o produto mais barato, mas também o que mais lhe agrada. Como sempre digo em aula, nós planners, devemos ligar as promessas de marca com os desejos do consumidor sobre aquela marca. Mulheres têm desejos mais intensos por produtos do que os homens e é preciso explorar isso principalmente usando a web como uma plataforma de comunicação apoiada no relacionamento. Mulheres buscam relacionamento em tudo, principalmente com as marcas que consomem ou que são fãs. Trabalhar o aspiracional é uma estratégia que em muitos casos trará excelentes resultados.

Deixo aqui o meu desejo de felicidades por esse dia tão especial, o Dia Internacional das Mulheres, e dizer principalmente aos planners que, ao vender um produto para as mulheres, tente entender o sentimento que há por trás dessa compra, desse desejo pela marca e como a mulher quer ser seduzida a comprar.

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