Finalmente o UFC, principal evento de MMA (Mixed Martial Arts) do mundo, volta ao Brasil após 12 anos. Na semana passada, a apresentação contou com a presença de famosos lutadores brasileiros, como Vitor Belfort, Mauricio Shogun e Anderson Silva, juntamente com o dono do evento, Dana White.
O UFC no país é uma consequência do sucesso que os lutadores brasileiros alcançaram neste evento. No UFC atual, o Brasil possui três campeões: Anderson Silva (até 84 kg), Mauricio Shogun (até 93 kg) e José Aldo (até 66 kg).
Segundo a revista Fortune, a marca Ultimate Fight, adquirida pelos novos proprietários em 2001 por “apenas” 2 milhões de dólares, hoje está avaliada em mais de US$ 1 bilhão de dólares.
A cada edição, o evento chega a 351 milhões de lares, 130 países de 20 línguas diferentes. Nos EUA, nos últimos 3 anos, o UFC cresceu em 30% sua base de fãs, que estima ser de 31 milhões nos EUA e 61 milhões espalhados pelo mundo.
No Brasil, setores como hotelaria, lazer e entretenimento serão fortemente impactados com o evento. Dana White, presidente do UFC, calcula um impacto econômico de US$ 15 a US$ 50 milhões nos países por onde passam.
Para os lutadores brasileiros, este é o momento de acabar com o preconceito que ainda assombra o esporte no país, mostrando a seriedade e grandeza das artes marciais.
Para os envolvidos com UFC, existe uma preocupação com o Brasil: restrição a patrocínios. Os lutadores escolhem qual marca expor em seu uniforme e banners no momento da luta, mas no Brasil, marcas de cigarro e bebidas alcoólicas podem sofrer algum tipo de limitação. Diante disto, o UFC prontamente enviou advogados e especialistas neste tipo de caso para entender melhor este cenário.
Dana White sabe onde está pisando. Antes mesmo de anunciar o país como sede de um evento de MMA, ele já havia trazido ao país produtos licenciados do UFC e um staff de profissionais para avaliar o mercado.
Em suas entrevistas, Dana sempre deixa claro seu objetivo em levar o esporte a um constante crescimento e, principalmente, desenvolver sua marca. É um homem de negócios e sabe muito bem o valor que o Brasil tem e sua parcela de contribuição para o UFC ser o que é hoje.
Eduardo Esteves
www.mktesportivo.com
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Por gentileza, poderia me indicar,
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