( Adaptado )
O Twitter tem mesmo ganhado espaço na rede. O microblog tem se mostrado uma verdadeira ferramenta de interação e seu uso possui finalidades das mais diversas. Estamos conectados a ele praticamente 24 horas por dia, seja para propagar nossas idéias, notícias ou sugerir algum assunto interessante que acabamos de ver na web. A velocidade com que as informações ganham espaço é surpreendente, pois de RT em RT, os 140 caracteres ganham o mundo. Aliás, a função RT tem sido tão largamente utilizada nos decks, que o Twitter divulgou na semana passada que iria incorporar novamente esse recurso no site oficial.
Toda grandiosidade dessa magnífica ferramenta começa a atrair também a atenção das empresas, que divulgam as novidades sobre seus produtos e serviços e elaboram promoções exclusivas para os twitteiros, a fim de atingir um número cada vez maior de seguidores. Eu mesmo fui contemplado com uma TV de LCD em um sorteio comemorativo do aniversário de um shopping há duas semanas. Porém, o Clube de Criação de São Paulo fez um levantamento através do Clubeonline e constatou que as empresas possuem uma participação ainda modesta no Twiter. De acordo com o CCSP, do total de participantes do microblog, as empresas representam apenas 2.78%.
Nem todas as empresas sabem como explorar as possibilidades das mídias sociais. Para você optar por seguir uma determinada marca é porque, de fato, ela faz parte do seu cotidiano. Você a coloca em destaque no seu Twitter, via de regra, quando acredita nela, acha que ela vai agregar vantagens, oportunidades ou informações legais ao seu dia-a-dia ou à sua própria imagem de twitteiro, tem orgulho de mantê-la em destaque em meio à sua comunidade de amigos e colegas (virtuais, de trabalho, de balada).
Há algumas semanas, por exemplo, o André Damasceno e eu compartilhamos horas de boas gargalhadas ao acompanhar a ”promoção” de uma empresa que prometia uma “surpresa” quando atingisse um determinado número de seguidores e era empolgante a forma como ela se manifestava com expressões do tipo: “vamos, vamos, vamos!”. Até aí pode parecer apenas uma estratégia mal elaborada, mas o problema é que a empresa nunca havia postado nada, apenas a tal “promoção”. Então eu me pergunto: qual a vantagem de seguir alguém que não vai me acrescentar em nada? Outro exemplo é o endereço adidas original official, que já atraiu 4711 seguidores, mas nunca incluiu seguer uma letra, quanto mais 140. Há um registro da Unilever Brasil que fez a mesma coisa. Endereço abandonado e até mesmo sem o logo da marca. Assim como um do banco Personnalite e de outras tantas empresas. Já a Procter & Gamble sequer marca presença no microblog, assim como centenas de outras marcas que nem passaram perto da ferramenta, até o momento.
Obviamente, o levantamento do CCCS tem apenas valor referencial. Muitas das grandes marcas têm endereços fakes, ou de sub-marcas, ou de países específicos, ou ainda aqueles que usam a marca sem permissão, para atrair seguidores ou até fazer piada e devemos procurar fugir desses registros. Mas o interessante é observar que algumas marcas que estão realmente presentes no Twitter dão mancadas grandes. Pelo que deu para perceber, poucas (pouquíssimas) são as marcas que chegam perto da popularidade de personalidades de peso e ‘celebridades’. Mas há, por exemplo, empresas aéreas norte-emericanas que arrebentam.
A impressão mais forte que fica é a de que ainda há muito que aprender e fazer para melhor posicionar grande parte das marcas dentro dessa ferramenta virtual. Tanto se fala em agregar conteúdo e ‘personalidade’ às marcas. Olha aí uma chance que pode muito melhor ser aproveitada. Basta oferecer bom conteúdo que o boca-a-boca virtual faz um endereço bombar.
De qualquer forma, expor uma marca em qualquer mídia social é o mesmo que enfrentar uma câmera fotográfica sem colocar maquiagem ou poder fazer retoques com Photoshop. Nem todas as empresas estão preparadas para isso. Outra curiosidade identificada por Laís Prado do Clubeonline: Twitters de grande parte das agências de publicidade, brasileiras ou gringas, não seguem sequer um anunciante ou empresa. Por fim, já rolam os endereços daqueles que se revoltaram contra marcas, tipo http://twitter.com/ODEIO_Fast_Shop, que reúne mais de 400 seguidores. Tem também Odeio Americanas (http://twitter.com/odeioamericanas) e Odeio a Vivo (http://twitter.com/odeioavivo), entre outros.
Vamos às principais marcas e seus números:
1° – http://twitter.com/google – 1.453.228 seguidores
6° – http://twitter.com/youtube – 132.176
7° – http://twitter.com/facebook – 123.678
9° – http://twitter.com/SonyPlayStation – 59.645
10° – http://twitter.com/MSWindows – 36.215
19° – http://twitter.com/Microsoft – 22.201
20° – http://twitter.com/nikebasketball – 20.737
22° – http://twitter.com/redbull – 16.286
23° – http://twitter.com/pizzahut – 16.183
27° – http://twitter.com/DellnoBrasil – 14.109
31° – http://twitter.com/TAMAirlines – 12.803
33° – http://twitter.com/ClaroBrasil – 12.322
37° – http://twitter.com/blogpetrobras – 10.770
43° – http://twitter.com/Fast_Shop – 8279
44° – http://twitter.com/Toyota – 8160
49° – http://twitter.com/CocaCola – 7097
51° – http://twitter.com/Vivoemrede – 6871
52° – http://twitter.com/sonymusic – 6814
53° – http://twitter.com/americanascom – 6799
55° – http://twitter.com/amazon – 6730
57° – http://twitter.com/drpepper – 6576
Para conferir a lista completa e o artigo original de Laís Prado clique aqui