O post de hoje é uma sugestão de leitura para todos os apaixonados por criação e gestão de marcas:
Lovemarks: o futuro além das marcas. O livro tem uma dinâmica textual apaixonante, porque é através de sua experiência profissional que o autor, Kevin Roberts, fala sobre conceitos e dá dicas do que torna uma simples marca em uma lovemark.
Dentre todos os sentimentalismos – sim, o livro até assusta quando aparece com “sensualidade”, “mistério” e, principalmente, “amor”, mas tudo faz um grande sentido quando o livro termina -, o que mais me chamou atenção foi justamente um termo comercial, que já havia lido em alguns livros e que aparecia exatamente como oposto de lovemark: a commodity.
Não fazia ideia, mesmo, do que significava. Por mais que eu entendesse lovemark, a commodity ainda não estava clara. E o Google não ajudou. Depois de muito pesquisar e perguntar, acabei entendendo. E nem é nada de outro mundo.
Resumindo, de commodity a lovemark. Quando um produto | serviço é uma commodity, pode se dizer, genericamente, que é um “material sem diferenciação”, ou seja, um produto – ou serviço – que é igual, independente de quem o oferece – inicialmente. É como um tipo específico de café. Tal café é o mesmo, seja aqui, seja no Nordeste, seja no Norte, seja em outro país. Esse café, quando levado em consideração puramente os grãos – como se todos fossem vendidos em sacos iguais de estopa -, é uma commodity. Mas, e quando o café já está moído, na embalagem, leva uma marca, tem todo um planejamento estratégico, desde o gráfico até o ponto de venda? Ah sim, nesse momento, muitas coisas podem mudar.
Uma vez sob uma marca, cabe à gestão da mesma cuidar para que aquele produto não seja mais uma commodity no mercado. E aí entra outro objetivo: se tornar uma lovemark. Uma marca que tem status de lovemark é uma marca amada por seus clientes, os quais são fiéis a ela, mesmo que outras vendam mais barato ou ofereçam algo a mais, simplesmente porque eles já têm um vínculo “emocional”.
Esse estreitamento e uma consequente “paixão” por parte do cliente, em geral, é despertado por uma coisinha chamada DIFERENCIAL. Atingir o diferencial e começar um caso de amor com os consumidores é resultado de ações de marketing e investimentos em branding. É criar uma relação de confiança entre a empresa e o cliente, e isso se dá mostrando que existe respeito pela preferência dele, seja com promoções especiais para clientes fieis, seja com ações de pós-venda, seja pelo design diferenciado ou por pacotes de serviços especiais que tenham “a sua cara”. Adquirir algo de certa marca e receber atenção especial da mesma, torna praticamente certa a volta do cliente para tal. Assim as marcas se tornam lovemarks, quando o cliente se apega à marca por dado motivo, e constrói uma relação de anos, de gerações, com a mesma.
Nota: a editoração do livro é extremamente desagradável, mas pelo conteúdo, vale a pela encarar.