A vez do basquete brasileiro

Foi disputado no último final de semana o Jogo das Estrelas do basquete brasileiro, uma espécie de All Star Weekend da NBA, que contou com duelos de habilidade e partida principal entre brasileiros e americanos da Liga. Neste ano o evento ocorreu em Franca e contou com transmissão da Rede Globo, que em 2009 já havia comprado cotas do NBB (Novo Basquete Brasil).

Jogo das Estrelas - NBB 2011

A NBB conta com patrocínios fixos da Caixa Econômica Federal, Penalty e Eletrobras, que também estiveram no evento. Para 2012, o cenário se mostra otimista.

Para a próxima temporada, a LNB (Liga Nacional de Basquete, que organiza a NBB) alterou o formato da final. Se antes a final era disputada em 5 jogos, agora será em jogo único. Motivo: a Globo fará a transmissão.

O presidente da Liga, Kouros Monadjemi , alega que assim terá maior visibilidade, difusão do esporte e novos investidores, ainda que perca “na questão técnica”. Um exemplo disso ocorreu no Jogo das Estrelas. Fisk e Powerade investiram apenas no evento, muito em função da transmissão.

Atualmente o basquete vive da transmissão fechada e de flashes em programas esportivos, vai e vem de patrocinadores e ginásios cada vez mais abarrotados de marcas que não obtêm retorno e impacto algum. A visibilidade atrai novos patrocínios e o investimento pode ser usado para profissionalizar ainda mais o clube, e em conseqeência disso, melhorar o uso da imagem das empresas por parte das equipes.

A NBB é uma liga competitiva, possui calendário estruturado e times reforçados com atletas de seleção. Na atual temporada da NBB, sete dos doze jogadores que atuaram no Mundial da Turquia, estão na Liga. A exposição se faz necessária e é fator principal para levar o esporte ao lugar que ele merece.

Para vocês, a mudança do formato será benéfica ao basquete brasileiro?

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8 respostas

  1. Cabe dizer que o precursor dessa mudança, foi Oscar, quando criou a Nossa Liga. Depois ela sucumbiu à força do então presidente da CBB (Grego), que por pressão, passou o poder do Basquete aos clubes, quando foi criado o NBB 01. Hoje o Basquete realmente vem crescendo, mas ele fica preso aos resultados ruins por parte de nossas seleções. A Masculina, até que tem uma seleção razoável, competitiva, mas perdeu pra Argentina para todo o Brasil.
    A Feminina é uma catástrofe. Vai demorar pelo menos 5, 7 anos para voltar a ser forte (entre os 5).
    O NBB é um passo importante e vem crescendo a cada ano. Até o Espírito Santo, meu querido Estado, que nunca teve um investimento forte por parte dos Governos, está inserido no atual Basquete. Com resultados medíocres e vergonhosos, mas está. É um primeiro passo.

    Acredito que estamos no caminho certo. A exposição do Basquete ajudará e muito para empresas ajudarem. Li que ano que vem a final do NBB passará na Globo. Muito, mas muito bom. Se continuar a crescer, teremos uma nova disputa nas telinhas e nos investimentos: Vôlei x Basquete. E todo mundo ganha com isso.

    Salve Hortência, Paula, Oscar. Salve !!

    Ricardo
    @aultimafesta

  2. Esse tipo de evento e a melhor divulgação do esporte que gera uma melhor visibilidade é fundamental para que novos investidores busquem investir na modalidade.
    É necessário que isso ocorra em outras modalidades como Basquete e futebol feminino.
    Este, como disse o Ricardo no post anterior, é sim o caminho certo!
    Não somente e as empresas que investem e obtem lucro e o esporte quem agradece, principalmente, quem agradece o investimento no esporte, é a população que vê no esporte uma forma de melhorar de vida e também necessita dele para sua inclusão, educação e socialização!

    Eduardo Pontes!
    @edu_pontes

  3. Edu e André, quando as empresas, de fato souberem como é positivo investir em esporte (de alto nível) no Brasil, nosso esporte vai dar uma alavancada.

    Apesar de torcer pro Coringão, sabe qual foi o melhor time que vi jogar? Do Porco, digo, Palmeiras. O da era….Parmalat.
    Times de Vôlei? Rexona….
    Basquete? Pitágoras/Minas….
    Quando se associa uma marca a um clube/time com força e se entra de cabeça em seu fortalecimento, os valores são incalculáveis. Além de retorno financeiro com a exposição da marca (top of mind mandou lembranças), imagine ser associado a um sucesso? Imagine ser o grande responsável pelo crescimento de um esporte?
    O esporte não vive sem ajuda das empresas. E as empresas não vivem sem investimento.
    O esporte é um caminho valoroso, com poucos riscos e com visibilidade num país totalmente “esportivo” como o nosso.

    O Espírito Santo, meu nobre e complicado estado, possui várias e várias empresas que poderiam muito bem alavancar algum clube/modalidade/atleta, mas parece que a maioria delas, espera que as coisas melhores para aí sim, fazer parte desse cenário. Compreendo perfeitamente. Business são Business, mas ser ousado, acreditar e investir também é um grande negócio. Ser visto como uma empresa que acredita no esporte é essencial para agregar valores à sua marca.

    Quem investe em esporte é como chutar uma bola de 03. Por mais que se tenha riscos de errar, se bem pensada, pode ser um lindo chuá. 03 pontos pro time e 03 x mais lucro e bons valores pra marca.

    Que mais empresas invistam no nosso esporte e principalmente o basquete, que cresce a cada dia.

    Esperamos mais arremessos de 03 pontos.

    Ricardo.
    @aultimafesta

  4. Ah, respondendo diretamente ao André.

    Eu acho que o que falta é mais credibilidade.

    Nosso basquete esteve em decadência nos últimos 15 anos.
    Apesar do NBB ter dado um “plus”, ainda é cedo para dizer que o esporte voltou a ser respeitado, forte, organizado e competitivo.

    Não se sai da crise para o sucesso em tão pouco tempo. As empresas ainda não acreditam 100% nesse basquete.

    Ainda falta mais um pouco. Falta a transmissão da Globo ano que vem. Falta as seleções com resultados melhores. Falta ídolo por aqui. Falta sempre um pouco mais. Falta pouco para chegarmos a esse nível, mas ainda falta.
    E quando falamos de dinheiro dos outros (investimento) as empresas querem saber exatamente onde estão pisando.

    O terreno do nosso basquete é fértil. Mas foi muito pisado durante anos. É preciso cicatrizar mais um pouco.

    Ricardo
    @aultimnafesta

  5. Vcs responderam corretamente a pergunta. Não tem jeito, muda-se a fórmula para o bem do basquete. O futebol é hoje o que é, com a volta de grandes craques, empresas cada vez mais procurando, altos investimentos, pela exposição que tem e pelo valor dado pela TV. As empresas querem exposição, a partir disso, se investe. O basquete precisa disso. Mtos reclamam do foco somente no futebol, mas como o André perguntou, o que falta nos outros esportes são projetos sérios para que as empresas sintam a confiança de investir e posteriormente obter retorno. Vc investiria para não aparecer? Investiria em uma Liga que não tem credibilidade e competitividade? A criação da NBB trouxe isso ao basquete, com profissionais de credibilidade à frente e times com o mínimo de estrutura. A Globo abraçou o projeto, mas não transmitia. O que ficou levemente a cargo da Sportv. Agora, para o bem do esporte e para o bem do nosso basquete, a Globo decidiu entrar e transmitir a final, o que trará novos públicos, investimentos e futuras cestas de 3 como bem disse o Ricardo.

  6. Concordo com os comentários acima, realmente o basquete precisa recuperar sua credibilidade, totalmente arranhada. Mas como tudo na vida, acho que deve-se dar atenção à base do processo, os clubes. O NBB é o resultado da união deles, mas enquanto os clubes não forem geridos por profissionais, de nada adiantará o esforço da LNB (Liga Nacional de Basquete) e o apoio da Rede Globo. Trabalhei por 1 ano no Franca Basquetebol Clube, a maior referência do país se tratando de basquete, sendo o responsável pela imagem do clube. Fui responsável pela inserção (pioneira) de uma equipe esportiva nas redes sociais, a 2 anos atrás, quando muitos ainda olhavam torto para sites como Facebook e Twitter. Infelizmente me vi obrigado a desistir do cargo devido ao amadorismo gigante que, infelizmente, predomina. Os clubes são conduzidos por pessoas despreparadas, que vêem no cargo apenas uma oportunidade para sua promoção pessoal, visando a próxima eleição ou o sucesso de seu negócio, que ganha credibilidade indiretamente as custas do clube. É um absurdo o fato de dirigentes serem voluntários e os clubes ainda não funcionarem como empresas, desse modo somos obrigados a engolir psicólogos como diretores de marketing, médicos como diretores financeiros, corretores imobiliários como presidentes e coisas do tipo.

    Renato
    @FrancaBasquete

  7. Com o dinheiro de um time de ponta de vôlei, a Unilever, por exemplo, se fazem 12 times de basquete. A Unilever gasta 12 milhões de reais anuais no vôlei.

    Falta MUITO para o basquwte chegar a esses valores. MUITO! Eike Batista vai bancar um time masculino de 13 mihões de reais…

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