Muito me espanta saber que ainda há muitas empresas fora das Redes Sociais no Brasil. Se no resto do mundo, há poucas empresas fora, aqui no Brasil ocorre o inverso, há poucas dentro. O que mais me impressiona é ver forte atuação das empresas fora do país e suas filiais no Brasil não fazendo nada!
Confuso? Concordo. Mas esse é o mercado em que vivemos. O medo das empresas – “Nossa, o que vão falar de mim” – impera.
Os gestores de marca acreditam que se ficarem “quietinhos” na rede será melhor. Engano, meus amigos, se você acha que sua marca não está nas redes: entre no Orkut e digite o nome dela para ver quantas comunidades existem.
Quando o Orkut começou a crescer no Brasil, no começo de 2004, muitos funcionários começaram a criar comunidades das empresas onde trabalhavam. Outros funcionários foram aderindo a essas comunidades. Hoje, muitos deles saíram das empresas, mas se mantêm na comunidade: essas passaram a ser de funcionários e ex-funcionários das empresas, como forma de manter contato com amigos e colegas, de interagir entre eles.
E não fiquemos fechados apenas no Orkut. Muitas pessoas possuem Twitter (@plannerfelipe), perfil no Facebook, YouTube, Hi-5, Sonico, Limão, enfim, nas milhares de Redes Sociais que existem – e vão existir mais ainda – no nosso mercado. As marcas devem estar presentes – e ativas – nessas redes, afinal, seu consumidor está!
Em resumo: a sua marca já está na rede, não tem como fugir.
Um consumidor que deseja reclamar ou elogiar sua marca, produto ou serviço, não vai querer saber se aquela comunidade é apenas de relacionamento entre funcionários, ele vai entrar e falar! Aliás, vai pensar que, por ser de funcionários, seu comentário será recebido mais rapidamente!
Mais um ponto para o item “sim, sua marca já está na rede!”
Esse mesmo consumidor acredita que, se ele está nas redes e passa horas atualizando seus perfis, a marca que ele quer se relacionar faz (ou deveria) fazer o mesmo. Logo, ele acredita que colocando um Scrap ou depoimento na comunidade (seja ela qual for) da empresa, logo será atendido.
Em muitos casos, sabemos que não é bem assim; mas sabemos porque nós – principalmente profissionais de planejamento estratégico digital – estudamos esse comportamento diariamente. Mas para os “leigos em estratégia digital”, isso não é bem compreendido.
Já ouvi casos de familiares e amigos que, por serem advogados, engenheiros, jornalistas, contadores – sendo “leigos em estratégias digitais” – falarem: “Poxa, mas a marca X tem 7 mil funcionários só aqui em SP e não tem UMA pessoa sequer para responder nas Redes Sociais? Infelizmente vivemos o cenário onde a resposta é: “Não tem”!
São essas pessoas, leigas em estratégias digitais – e obviamente, a esmagadora maioria das pessoas – que são ativas em Redes Sociais; as marcas precisam começar a entender que eles estão dominando a web e cada vez mais querendo falar e serem ouvidos.
Em meu livro (Planejamento Estratégico Digital – Ed Brasport) eu dou o exemplo da “Helena, a garota digital”: sua vida é toda baseada em Google, Redes Sociais, Blogs, Mensageiros e Compartilhamento de conteúdo. Se pegarmos os jovens de hoje de 12 a 17 anos, a geração Y, vamos perceber que esses jovens estão cada vez mais conectados. E são esses jovens que em 10 anos serão os maiores consumidores do mercado.
Querem se relacionar com as marcas da mesma forma que se relacionam com amigos. Deixam um recado no Orkut, Facebook, Twitter e querem uma resposta quase que imediata.
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Mas será mesmo que Redes Sociais são algo relevante no Brasil?
Pasmem, essa pergunta existe, mas para isso nós profissionais de planejamento estratégico digital devemos estar preparados e embasados para responder: SIM!!!
Recentemente, um estudo do Ibope chegou como esperança ao mercado para mudar em 2 minutos a percepção das marcas e gestores com relação a web: “Apenas” 87% dos internautas, o que hoje representa aproximadamente 61 milhões de pessoas, usa Rede Social e passam cerca de 3 horas por dia nelas; desse universo, 83% (50,5 milhões) das pessoas fez um perfil por vontade própria.
E ai, sua marca vai demorar mais quanto tempo para entrar nas Redes Sociais?
3 respostas
Eu fiquei indignado de como uma matéria que fala da
importância de se manter conectado para as grandes empresas, não possui um link no final da página, para poder
compartilhar a matéria por email! Ou seja, seria importante eu poder divulgar essa matéria para as pessoas que não usam redes sociais (por email) exatamente por acharem
desnecessários para suas empresas… Como divulgar para essas pessoas se não há um link para email!!! E o artigo será esquecido aqui mesmo!
Olá… 🙂
Pedimos desculpas, mas ainda estamos trabalhando em uma série de alterações no layout do blog, incluindo o “Share” em outras redes sociais e por e-mail. Essas alterações vêm chegando aos poucos, como os campos de “Destaque” que foram implantados no fim de dezembro.
De qualquer forma, agradecemos pelo “puxão de orelha”, iremos correr por aqui. 😉
Abraços!
Excelente ponto de vista sobre as Redes Sociais. Estar presente nelas é realmente essencial.
Convido todos a lerem também:
Será que o Marketing Tradicional Morreu?
http://www.madraint.com/2011/estrategia/sera-que-o-marketing-tradicional-morreu/
Existem diversos outros artigos sobre o assunto em meu blog, cases, casos de sucesso e erros!!
abs//