Privália, BrandsClub, BC Blue, SuperExclusivo.
Já ouviu falar sobre essas marcas? Pois bem, são novas tendências em e-commerce no mundo que começam a despontar no Brasil. O sistema de ambas é bem similar, usuários cadastrados – gratuitamente – podem comprar produtos novos de milhares de marcas de roupas, acessórios, tênis, óculos, relógios, com até 70% de desconto e em até 3 vezes sem juros.
Entretanto não é sempre que você vai conseguir comprar um produto da sua marca preferida com essa vantagem. Esses sites trabalham com várias lojas e agrupam essas vantagens em dias específicos e com poucos produtos, ou seja, é preciso estar atento para conseguir comprar o produto desejado, pois as promoções costumam durar cerca de 48 a 72 horas.
A ferramenta de comunicação desses sites é o envio de um e-mail marketing, onde o subject (título) já informa quais as marcas estão entrando na promoção. Esse envio é diário e estimula os usuários interessados a entrar no site e comprar, ainda mais, que não há muitos produtos disponíveis, se chegar tarde, perde.
O conceito dos Outlets físicos aplicado ao mundo virtual.
Os produtos que “encalham” nas lojas (sempre tem uma ou outra peça de uma coleção que não vende) são vendidos em Outlets. A TNG, por exemplo, usa bastante essa tática no “mundo físico”, com vários Outlets em São Paulo; agora empresas como as mencionadas acima estão usando essa tática na web. E o movimento não para de crescer, tanto que o BrandsClub e o Privália são patrocinadores do São Paulo Fashion Week que está acontecendo em São Paulo em Junho de 2010.
Não é de hoje que muito se fala nas inovações em e-commerce no Brasil, o que deve ser feito. A liderança e hegemonia da B2W, detentora das marcas Submarino, Americanas e ShopTime tem sido colocada em questão, não apenas pelo surgimento da Máquinas de Vendas (união da Ricardo Eletro e Insinuante) e da Nova.com (Páo de Açúcar, Extra, Ponto Frio, Casas Bahia), mas também pelo crescimento de pequenas lojas virtuais e claro, por tendências como os Outlets virtuais.
Na minha visão, podem ser considerados uma união do E-commerce e do S-commerce (vendas baseadas em indicações pelas redes sociais), uma vez, que os Outlets também são uma rede social, não da forma como vemos o Facebook ou Orkut, mas para participar as pessoas precisam ser cadastradas. Alguns sites já possuem um Blog atualizado constantemente onde usam o espaço para falar de notícias sobre o universo das marcas que vendem e não apenas para vender marca A ou B.
A vantagem que o consumidor online percebe nesses sistemas é nítida, primeiro porque a presença de marcas de grande prestígio “emprestam” esse prestígio ao site; estou falando de marcas como Puma, Guess, Timberland, D&G, Nike entre outras. Os usuários podem comprar os produtos pagando via Cartão de Crédito e boleto como em qualquer loja virtual.
A vantagem desses Outlets é que a emergente Classe C, que com mais poder de compra, parou de escolher produtos por preço e sim pela qualidade, poderá comprar um produto original, de qualidade em 3 vezes por um preço que ele pode pagar, como por exemplo, um tênis que custa 400 reais na loja, sendo vendido po 3X de R$ 49,90.
No caso dos Outlets ainda podemos perceber um pouco da teoria de Cris Anderson, a Cauda Longa. Não apenas pelos produtos serem vendidos para determinados públicos; há sempre uma pessoa interessada em um determinado tênis da Timberland ou um modelo de relógio da D&G; mas também por ser um espaço sem a necessidade de lojas físicas. As pessoas compram de suas casas, conveniência básica das lojas virtuais.
Está aí mais uma tendência que tem tudo para ser um mega sucesso em pouco tempo. Quero ver quando uma empresa abrirá um site desses para produtos nacionais, com foco dirigido na classe CD, que é a classe que mais compra (Classe C) e mais cresce (classe D) na web.