Alguém aí se lembra das páginas amarelas? Não a da Veja, aquela lista telefônica mesmo. Lembra? Pois é, o Google é a nova forma das Páginas Amarelas. Bem mais moderna, bem mais prática, bem mais inteligente. Mas, para a propaganda, é a boa e velha lista telefônica. Os executivos da Google negam. Os clientes, acreditam. Investem. Anunciam, achando que só o Google vai trazer milhões de novos consumidores, num passe de mágica.
É inegável que “subir” no Google é decisivamente importante. Mas, se você não tiver uma marca bem construída, não acontece muita coisa. E, para isso o Google não ajuda muito.
Anos atrás, ao veicularmos campanhas em rádio, na aferição do resultado do cliente aparecia uma boa parcela de consumidores que indicavam ter procurado o cliente via Lista Telefônica. Eureka, pensavam alguns. Por que gastar em mídias caras? Anuncio só na Lista e pronto.
Acontece que o consumidor era impactado pelo rádio, gravava o nome do anunciante, mas não o telefone. Chegava em casa ou no escritório e procurava na lista. Bingo. Venda realizada.
Ou seja, sem o rádio, a lista não trazia ninguém. Não efetuava nenhuma venda. Eu comprovei isso na prática com um cliente cabeça-dura. Combinamos: lance seu vestibular (era uma faculdade) sem mídia nenhuma. Só lista. E vamos ver o que acontece.
Com o Google é parecido. Não é igual. Mas é parecido. Só Google não faz verão. Se o consumidor não for impactado por outras mídias, aquelas tradicionais mesmo, pouco ou nada acontece.
O Google faz o consumidor persuadido te encontrar. Mas não tem a força da persuasão. Não emociona. Não conta histórias. Não faz chorar. Não faz rir. Não conquista corações. Não constrói marcas.
É o Google amarelo.
6 respostas
Boa tarde Cláudio!
Discordo totalmente de sua opinião.
Talvez o uso que você esteja fazendo do Google não seja o melhor. O Google sim, nasceu sem a intenção de transformar-se no que virou. O Google atualmente é o maior repositório de conhecimento do mundo, o link de todas as informações disponibilizadas em todos os cantos do mundo. A “máquina” Google pode dominar apartir do seu conhecimento adquirido qualquer assunto. Sim, uma operação comercial simples, criada talvez sem grandes objetivos, de vender anúncio. Mas não acredito que este seja o “negócio” do Google.
Abraços,
Cappra
Na verdade concordo, sim com a visão do Cláudio. é uma análise extremamente coerente da situação mercadológica em que se encontra o Google. realmente há uma projeção, e não quero afirmar que foi intenção dos criadores, mas essa expectativa por parte do mercado, embora um tanto errônea é, de fato, concreta, e aceitável, haja vista o fenômeno o qual esta ferramenta de pesquisa se tornou. como profissonal de comunicação, percebo que todo esse movimento fundamenta-se na necessidade insaciável de inovação a qual acometeu o mundo globalizado. o que é isso se não mais um traço da convergência midiática?
Concordo com o Cláudio.
Eu mesmo quando vejo propaganda de uma marca ou evento, não decoro telefone nem endereço, só o nome, depois vou no google e pesquiso com mais tempo.
Porém se a marca não tiver uma presença na vida das pessoas, não adianta o consumidor achar no google, ou google não obriga ninguém a comprar, ele permite comparar, e se a marca não tiver oferecendo o melhor o consumidor vai atrás de outra e pronto.
Creio que o Cappa nao leu direito ou realmente não entendeu o post. O autor não questiona o conteudo de informações que se pode encontrar no Google, mas diz que a ferramenta, por si só, não cindiciona ao consumo, seja do que for. Para se buscar algo no Google, é preciso ter um estímulo anterior que nos conduza até ele para a pesquisa.
Aprendi que quando queremos que um determinado produto faça o efeito, antes de comprá-lo é preciso conhecer sua principal função, ou seja, para que ele foi criado.
Então, se compramos uma revista científica devemos esperar que ela nos informe sobre assuntos correlacionados à sua principal finalidade, divulgar assuntos científicos!
Se é um Shampoo para cabelos secos, não devemos achar que um shampoo para cabelos oleosos fará o efeito desejado e por aí vai…
A missão do Google é oferecer a melhor opção de busca na Internet tornando as informações mundiais acessíveis e úteis, também oferece soluções para busca na rede, dentre outros serviços. Fonte: Google.
Bom, talvez pensem: Que simplicidade na resposta! Bom, talvez seja simples mesmo, a questão é que o google não tem obrigação de influenciar o consumidor à compra.
Se seu produto não vende, o problema não é do Google ou qualquer outra ferramenta de pesquisa, talvez seja o seu produto que precise emocionar, conquistar, persuadir…
Qual foi a última compra de serviço ou produto que fez persuadido por um site de pesquisa? Seja ele qual for…
O Google coloca seu site no topo da pesquisa, como se estivesse encurtando o caminho do usuário da ferramenta, agora, a opção de comprar ou não é sua! Estar no topo da pesuisa não garante que sua empresa seja a melhor!!!
Então, é isso!
Acho que podemos resumir isso através de um bom planejamento de markerting digital, acredito que nao adianta esta no topo, se vc nao faz parte do topo, esta por acaso nao tem significado. Muito boa a sua definição Luciana.