Inversão de valores ou jogada de marketing?

“João amava Teresa que amava Raimundo, que amava Maria que amava, Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes, que não tinha entrado na história.”

Esse é o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade. Mas bem que poderia ser a história da Geysi. “Geysi que estudava na Uniban, que ninguém conhecia, que começou como vítima, que acabou sendo expulsa, que ninguém entendeu nada …..”

Não se fala em outra coisa além da expulsão da garota que, na semana anterior estava exposta na mídia como vítima de preconceito. Dentre tantas explicações, justificativas e versões, fica uma pergunta: Houve uma inversão real de valores onde a massa acaba por sacrificar o ‘cordeiro’, ou a Uniban tem uma excelente equipe de marketing?

Acho difícil chegarmos à uma resposta, mas entendo que podemos afirmar que temos um exemplo excelente de ruído na comunicação. Sabemos que comunicação não é o que você diz e sim o que o outro entende certo?

Nesse caso, são tantos fios soltos que voltamos ao jogral…. Os alunos são ouvidos, a Geysi é ouvida, a mídia explora a cena, os advogados se posicionam e……? E nada. É tanto ruído que torna-se praticamente impossível a construção de uma linha de raciocínio coerente e o que sobra é apenas uma imensidão de opiniões baseadas em mais opiniões.

Daí a importância da transparência, da aplicabilidade dos pilares da comunicação tão embasados em foco, objetividade e integração.

• Foco –  Qual o fato em si? A imagem da Faculdade ou credibilidade do aluno?

• Objetividade – Vamos tratar dos comportamentos e não das opiniões, sugestões, críticas e valores morais individuais

• Integração – Utilizar a comunicação como via de mão dupla.

É momento de abrirmos o canal de compreensão e avaliarmos que comunicação está além dos grandes portões institucionais das empresas, das teorias da universidade, da criatividade das agências.

Comunicação que alguém fala, que alguém ouve, que alguém repete, que alguém não entende, que todos questionam.

É…. Quadrilha é mesmo um bom nome para o poema!

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