A sempre duvidosa FIFA e suas escolhas

Russia 2018 e Qatar 2022: estas foram as escolhas da Fifa para os próximos mundiais após a Copa 2014 no Brasil.

As denúncias de corrupção e compra de votos acabaram manchando a imagem da FIFA e colocando em questão as possíveis escolhas, que deram a certeza de que motivos futebolísticos não são pré-requisitos.

A máxima da FIFA é escolher países onde se possa desenvolver o futebol. Uma alegação muito fácil de dar para a escolha de ambos países. Mas pra quê vistorias e a inscrição de candidatos como Espanha, Portugal, Inglaterra, se o país escolhido será aquele em que se pode desenvolver o futebol? Que não se dessem ao trabalho de se candidatar, fechar parcerias, investir, fazer uma cerimônia grandiosa, se o resultado já seria esperado. E é isto que a Inglaterra põe em dúvida.

A Rússia promete US$17.5 bilhões em investimentos. Serão US$ 3,8 bilhões em 13 novos estádios e 3 reformas, US$ 11,5 bilhões em infraestrutura (transporte, turismo e segurança) e US$ 2,2 bilhões para desenvolver o futebol no país. O maior problema, alertado pela FIFA, será a distância entre uma sede e outra, já que a Rússia é o maior país do mundo. Internamente, há uma forte preocupação com a violência dos torcedores russos.

O Qatar, por outro lado, é um dos menores países do mundo, e dinheiro para investir não será problema. A maior preocupação da FIFA são as altas temperaturas do país, que busca soluções para essa questão. Qatar promete estádios climatizados e forte desenvolvimento de transportes subterrâneos, para que os jogadores e torcedores não sofram com o calor intenso. O impacto da Copa no país, segundo estudos, poderá chegar a 24 bilhões de euros (14 bilhões até 2022 e mais US$ 10 bilhões vinte anos depois da Copa).

Está claro nas escolhas que a entidade priorizou o potencial mercadológico de cada país. As decisões tomadas pelos poderosos de Zurique sempre serão colocadas à prova, pois para se sediar um megaevento como a Copa, nada mais natural, e óbvio, que a escolha de um país onde o futebol é amplamente difundido, estruturado e que não necessite de grandiosos investimentos para receber milhões de pessoas.

Enquanto isso, a FIFA continua como a toda poderosa do futebol. Com alegações de desenvolver o futebol e combater a pobreza em países através do esporte, ela corrobora sua imagem institucional, que mesmo perante tantas polêmicas, se mantêm intacta.

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