Porque o ano só começa depois do Carnaval?

Estamos em Janeiro e como o mercado publicitário sabe, o ano ainda não começou, afinal, o Brasil se tem mesmo a cultura de só começar a fazer alguma coisa após o Carnaval, em termos isso é verdade pois em alguns casos Janeiro é o mês para fechar relatórios do ano anterior, é o mês que muitos diretores e vice-presidentes saem de férias (e com isso as decisões de ações ficam sem ter o aval final) é o mês do “meio” do verão, onde muitas ações começaram em Dezembro e estão tendo continuidade em Janeiro, é o mês que as marcas investem pesado em praias devido a alta concentração de pessoas e por isso os departamentos de marketing estão correndo para acompanhar as ações, enfim, não é bem verdade que o ano começa após o carnaval, mas tem muita empresa que usa isso como “desculpa” para a ociosidade do começo do ano.

As agências – essas sim são as que mais sofrem com esse período – que não possuem clientes que tenham produtos com apelo para o verão, como por exemplo cerveja, sorvete, hotéis sofrem um pouco com a falta de campanhas ou ações de seus clientes; nesse caso, eu até acho um erro de alguns profissionais que usam a desculpa do mês de Janeiro, para não investir em nada, alegando que as pessoas não estão nas suas cidades e sim nas praias, mas que ele não vai investir na praia porque está muito saturado por lá!

Lembro-me – nessas épocas – de uma campanha, que se eu não me engano era do Conar. Na campanha, eles contavam a “incrível história do homem que não escovava os dentes no Verão” ou da “mulher que não comia carne em Janeiro”, ações divertidas que mostravam aos anunciantes que não é porque 1,5 milhões de carros desceram para a Praia que São Paulo ficou deserto! São Paulo, por exemplo, é a cidade que “ não para nunca”, pegamos transito as 3h da manhã de um domingo, por exemplo.

Mesmo que as pessoas viagem, outras milhares ficam em São Paulo. Só para manter o exemplo acima, se formos analisar a população da cidade de São Paulo por carros, se 1,5 milhão foram para a praia e 700 mil foram para o interior, São Paulo tem uma frota de 6 milhões de carros, logo, 4,8 milhões de carros ficaram na cidade, logo, olha o potencial de pessoas que sendo Janeiro, Fevereiro, Março,Abril mantém a mesma rotina: casa – trabalho – casa. E nessa rotina ouvem rádio no carro, acessam internet no trabalho, chegam em casa e assistem TV, lêem jornal, revista e com o detalhe de que se você é pai e sua família viajou, você terá mais tempo para ler revista e jornais, mais tempo para ver TV e com isso a possibilidade de prestar mais atenção nas mensagens que estão lhe passando, até as publicitárias; se o chefe viajou e o trabalho deu uma diminuída, haverá um aumento no seu tempo ocioso no trabalho, onde as pessoas vão acessar mais o Twitter, Orkut, Facebook, UOL, Terra, IG, MSN…

Enfim, sendo Janeiro ou não as pessoas continuam consumindo! Pode claro aumentar a venda de alguns produtos como cerveja, sorvete, saladas pelo clima, mas isso não impede que as pessoas tenham a necessidade de comprar um produto de limpeza, uma calça, um novo relógio… férias ou não, estando em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo, as pessoas continuam consumindo. Porque as empresas param de anunciar então?

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