Classe Social, sexo, idade, região geográfica, escolaridade. Há 15 anos isso definia o perfil do nosso público-alvo, hoje não mais. Precisamos pensar nisso, mesmo que nossos clientes não tenham enxergado isso.
Não é raro receber briefs onde o perfil do público que a marca quer atingir se restrinja aos 5 elementos passados acima, aliás, diria que nem os 5 são preenchidos nos briefs. O marketing do cliente se restringe muitas vezes em classe social, sexo e idade, com o “famoso” Ambos 25+ Classe ABC. Tem idéia de quantas marcas querem o mesmo perfil de público? Porque esse público vai se interessar pela sua marca e não por outra que teoricamente nem é seu concorrente?
Nas minhas aulas da Pós eu sempre pergunto se a Volksvagem é concorrente da Faculdade Getúlio Vargas (FGV). A primeira resposta é não. Mas será mesmo que não? Um Gol custa em média 30 mil reais e um curso de MBA na FGV custa os mesmos 30 mil reais. Um homem de 30 anos classe B, por exemplo, pode ter apenas “um 30 mil reais” e ai entra no dilema: Compro um carro ou faço um MBA? Se analisarmos por esse prisma, as marcas são concorrentes sim.
Mas o que define uma comunicação voltada para uma pessoa que deseja fazer uma pós e um que deseja comprar um carro? O “simples” entendimento mais profundo do nosso consumidor, o perfil psicográfico!
Planners, vamos além do sexo, idade, cidade… vamos entender quem é esse consumidor. Nós, temos como uma das premissas básicas, entender o que se passa na cabeça do consumidor que queremos atingir, para isso, o primeiro passo é entender como essas pessoas pensam.
Quem é essa pessoa? O que gosta de fazer? Que tipo de mídia consome? Qual a sua relação com a internet? Qual a sua relação com a marca ou produto? Quem os influencia a uma compra? O que espera da marca ou produto? Como pesquisa? Como influencia outras pessoas?
Respondendo essas perguntas – com pesquisa não só na web,mas também nas ruas – já começamos a traçar melhor um perfil de quem são as pessoas que desejamos impactar com a campanha. Entender esse perfil ajuda a uma melhor estratégia de comunicação para a marca ou produto.
Eu tenho um amigo (ex-diretor, mas ainda amigo) que dizia que “as pessoas tem ‘um dinheiro’ para comprar um produto”, assim como no exemplo que eu dei do curso e do carro, portanto, para sair na frente e impactar o consumidor entenda quem ele é e qual o melhor momento para impactá-lo com a sua mensagem. Não é fácil, mas fazendo isso, o sucesso vem naturalmente!
6 respostas
Legal Felipe. Incrível como ainda existem clientes que pensam que não tem concorrentes no mercado, só porque os outros não vendem o mesmo produto ou oferecem o mesmo serviço. Hoje com o nosso "um dinheiro" podemos comprar produtos do mundo todo, então se você não tem um concorrente direto na sua cidade, vai ter em algum lugar do mundo. Ir além do básico é definir seu Target por afinidade, pessoas que possuem gostos, atividades, rotina e consumo afins e não apenas apontar sexo e idade. Com certeza essa definição vai deixar muito mais claro que linguagem e meios devemos usar para falar com esse público. Sucesso!
"o perfil psicográfico!" Interessante perceber o quanto o conceito de "multi e interdisciplinar" tem contribuído para o MKT, inclusive até se fala em "psicomarketing" e "mkt individualizado." Parece mesmo que a tendência para entender melhor este cenário é um formação do profissional de MKT que inclui efitivamente matérias como pscicologia; psicolinguistica; neuroliguistica, entre outras! Ciências estas até então não relacionadas com o mkt. O que acham?
Ola Leandro,
Indico o curso que vai acontecer na Atitude http://www.atitudeedu.com.br/index.php/c/info/25_…
Isabela
Oi Felipe,
Esse texto é bem oportuno. Apesar de ser uma informação, digamos, básica para quem trabalha com comunicação, ainda é algo que muita gente não sabe (ou finge não saber). Eu acrescentaria um ponto nessa questão toda. Contexto. Sem contexto fica quase impossível entender como uma pessoa pode adquirir determinado produto ou serviço. Por isso que não acredito em Focus Group. A gente precisa começar a entender cada vez mais profundamente o consumidor, e ai acho fundamental a etnografia, a entrevista em profundidade.
abração!
Ola Felipe.
Belo texto cara, realmente as empresas não pensam em seus concorrentes indiretos, tão pouco se aprofundam no real comportamento do seu consumidor. Não conhecem, não sabem o que pensam, do que gostam e etc.
E olha que hoje existem bem mais ferramentas do que antigamente, se pararmos para pensar somente o Twitter e o Google Insights já se pode tirar conclusões pontuais, porém poucos utilizam.
Abraços
@Tony_BriefMkt http://www.briefmarketing.com.br/
Ola Felipe.
Belo texto cara, realmente as empresas não pensam em seus concorrentes indiretos, tão pouco se aprofundam no real comportamento do seu consumidor. Não conhecem, não sabem o que pensam, do que gostam e etc.
E olha que hoje existem bem mais ferramentas do que antigamente, se pararmos para pensar somente o Twitter e o Google Insights já se pode tirar conclusões pontuais, porém poucos utilizam.
Abraços
@Tony_BriefMkt http://www.briefmarketing.com.br/