Marketing Invisível na Web

No último artigo, falei sobre o marketing de guerrilha e citei várias estratégias que o compõe. Hoje tratarei de uma dessas estratégias: O marketing Invisível.

O marketing invisível é a ferramenta que procura observar a reação do público a produtos e serviços ainda não conhecidos ou ainda atrair sua atenção para algo sem “nominação”, pensando assim que não se trata de propaganda.

Um exemplo é quando uma empresa contrata um ator ou uma pessoa influente dentro de um grupo para que o mesmo fale bem de um determinado produto naquele círculo de relacionamento, sem que as pessoas percebam que ele está sendo pago, ou recebendo algo em troca, para isso. Quando Carolina Dieckmann é flagrada por aquelas revistas de celebridades usando uma simpática Havainas, pode ser uma ação de marketing invisível.

Nesta ação o consumidor não percebe que está sendo envolvido, e não cria barreiras contra o produto ou serviço. Geralmente esta arma é utilizada para o pré–lançamento ou lançamento de um determinado produto, para que o estrategista consiga tomar conhecimento de qual será a reação do público-alvo.

Mas é necessário atenção ao aplicar esta estratégia, pois se a estratégia de esconder o produto numa ação desse tipo falha, há um grande risco de os consumidores se voltarem contra a empresa. Quando o público conclui que estava sendo manipulado para gostar de um produto, o buzz negativo pode tomar grandes proporções, levando uma campanha ao fracasso.

A Internet mostra-se especialmente aberta para aplicação do marketing invisível, pois é acessível à maioria das pessoas; favorece a disseminação de informações entre as pessoas, já que o fluxo comunicacional não ocorre de um para muitos e sim de muitos para muitos.

É claro que a depender os objetivos da empresa, pode-se utilizar o potencial da Internet de diversas maneiras, mas apenas para dar uma idéia de como é possível utilizar o marketing invisível na internet, podemos citar a utilização de blogs, focados no assunto alvo do cliente, para iniciar um canal de comunicação.

Depois é preciso espalhar as informações pela internet, ação que pode ser realizada por um profissional especializado.  Outra alternativa é a criação de comunidades no Orkut que tratem de assuntos que interessam ao seu público-alvo, e que serão administradas pela empresa ou por uma agência especializada, incentivando o ingresso de verdadeiros internautas.  A marca do cliente só irá aparece quando houver um substantivo número de integrantes do ambiente virtual.

A empresa Dove lançou na internet a um bom tempo atrás um blog chamado “Já tentou de tudo”, onde uma mulher comentava e mostrava tudo que já tinha feito na busca por cabelos mais bonitos e saudáveis. O nome da empresa não aparecia no blog, e somente após várias semanas alguns blogueiros divulgaram a empresa que estava por trás da ação.  Após essa divulgação a campanha ainda contou com ações em pontos de vendas, academias, e uma campanha promocional.

O mais importante após a escolha da utilização do marketing de guerrilha é realizar estas ações de forma planejada, para que o internauta não perceba que se trata de uma ação pré-determinada. Muitas vezes as empresas utilizam as ferramentas de guerrilha e acabam criando reações de desaprovação e rejeição do público-alvo.

Tem algum exemplo de marketing invisivel? envie para O Melhor do Marketing e vamos discutir.

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3 respostas

  1. Muito bom artigo, Roberta. Mas senti falta do “outro lado” da questão… A prática de Marketing Invisível é condenada pelo Código de Defesa do Consumidor, e isso dá margem a uma discussão ética sem fim.

    Acho que você poderia ao menos ter citado a questão da ética, e deixado a cargo do leitor decidir se a prática está de acordo com os seus princípios ou não…

    No mais, acho q o artigo está muito bem escrito e bem embasado… Só faltou isso mesmo… 😉
    Bjinhos

  2. Muito bom o artigo, em certo ponto o marketing invisível usa as mesmas táticas do marketing viral, pois com a utilização da internet a viabilidade e otmização dos resultados são muito maiores. Parabéns.

    “…e isso dá margem a uma discussão ética sem fim.”

    Disse tudo! Na nossa opinião isso é perda de tempo, pois se a Carolina Dieckmann for nossa amiga e se ela disse que é fofinho e macio usar Havaianas, a defesa do consumidor vai fazer o quê?

    Sem contar que este código foi promulgado em 1990, quando a internet no Brasil ainda era coisa de laboratório.

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