Afinal de contas, o que marketing e sustentabilidade tem a ver um com o outro? O que é marketing Socioambiental? Como a minha empresa pode desenvolver ações sociais? A partir de hoje, essas e outras perguntas passam a ser discutidas aqui no Melhor do Marketing. Como de costume, você poderá contribuir enviando sugestões, matérias, cases e curiosidades para que possamos explorar em nossas redes e compartilhar com os nossos leitores.
Redação
Não há como negar que “sustentabilidade” está na moda. Mais do que isso, podemos dizer que é uma “tendência”. Trocadilhos a parte, é fato público e notório que a cada dia aumentam (ao menos) os discursos da imediata necessidade de avaliarmos e minimizarmos os impactos e as consequências das atividades humanas.
Muitos ainda acham que sustentabilidade – desenvolvimento sustentável -se refere apenas às questões ambientais, inclusive devido ao conceito difundido pelo Relatório Brundtland elaborado em 1987 pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Foi então concebido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Acontece que compactuo com a ideia de que não é possível existir desenvolvimento sustentável sem o devido cuidado com os aspectos econômicos, sociais e culturais.
Não adianta proteger as baleias, ou quaisquer outras espécies de animais grandes ou pequenos, essenciais a cadeia alimentar, por exemplo, se não formos capazes de garantir o direito fundamental e humano de acesso ao alimento. Além disso, é preciso garantir dignidade ao homem pela geração de oportunidade de trabalho, emprego e renda.
É preciso haver uma conjugação de interesses e esforços. A ação individual conta. Contudo, as mudanças só serão percebidas quando existir identidade coletiva com as causas.
E o marketing? O que tem haver com essa história toda?
Todos sabemos que os negócios/empresas/organizações são influenciados e influenciam o mercado, que por sua vez é diretamente relacionado com as necessidades e os desejos construídos pela sociedade e para a sociedade em dado lapso temporal.
Ora, hoje um profissional de marketing que quiser ter uma visão marco do branding, bem como que quiser garantir e aprimorar a reputação de um cliente/empregador, obrigatoriamente tem que saber que não é mais possível criar um plano de marketing adequado desconsiderando esta realidade.
Sustentabilidade está na pauta! É premissa! Logo sua ausência faz com que a conclusão seja equivocada, por ter partido de pressupostos duvidosos.
Um olhar um pouco mais atento para o lado é capaz de por si só ser suficiente. A partir de hoje, semanalmente faremos a análise de cases, reflexões e suscitaremos o debate do tema Marketing Social, Marketing Ambiental ou Marketing Socioambiental.
Quem escreve?
Ronald Z. Carvalho é militante na área de sustentabilidade e responsabilidade social, há mais de vinte anos. Fundador e membro da coordenação nacional do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, entidade precursora da responsabilidade social no Brasil e que deu origem ao Instituto Ethos, Akatu, Movimento Viva São Paulo, e outros, unindo empresários como Ricardo Young, Helio Mattar, Emerson Kapaz e outros. É presidente da ADVB no Espírito Santo e vice-presidente da FENADVB – Federação Nacional que congrega 23 ADVBs no Brasil e no exterior, e coordena o Instituto de Responsabilidade Social – IRES. É conselheiro do CIEE, CRA, Instituto Sergio Mota e Associação Universitária Internacional. É membro da Transparência Brasil e World Future Society. Trabalhou em projetos de governança na área publica junto aos governos estaduais de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Consultor, professor, palestrante e jornalista nas em marketing, responsabilidade social e educação corporativa. Vice-presidente da OSCIP capixaba Ponto Solidário, que promove o artesanato capixaba por meio do Comercio Justo ( Fair Trade).
Bianca Monteiro é advogada e especializada no Direito do Terceiro Setor, sendo pioneira nessa área no Estado do Espírito Santo. Pós-Graduada em Direitos e Garantias Fundamentais, em Direito Público e em Gestão Estratégica para Organizações do Terceiro Setor. Consultora, professora, palestrante e pesquisadora dos temas: Governança Social, Direito do Terceiro Setor, Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Direitos Humanos. Colaboradora do livro ” Roteiro do Terceiro Setor” de autoria do Dr. Tomaz de Aquino Resende. Organizadora do livro ” Terceiro Setor – Reflexões sobre a sustentabilidade das ONGs”.Idealizadora e coordenadora do I e II Fórum do Terceiro Setor do Espírito Santo. Consultora e instrutora credenciada no SEBRAE nas áreas associativismo, cooperativismo e responsabilidade social. Atuou como Diretora executiva da Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – Fundaes durante 4 anos.
3 respostas
Olá! Iniciamos a um mês um trabalho para Phloraceae, onde orientamos, conscientizamos e captamos os remédios vencidos e as embalagens. A base deste trabalho esta sendo o meio digital principalmente. Faço o convite para visitarem nosso site e participarem de nossa comunidade – @phloraceaesaude
Obrigado pela oportunidade.
Parabenizo o Melhor do Marketing pela nova coluna. Hoje é fundamental que as empresas busquem realizações filantrópicas de cunho social, ambiental e cultural. Primeiro, que os consumidores já olham a responsabilidade e sustentabilidade como fatores de decisão de compra. Hoje sou publicitário, administrador e especialista em marketing, mas já estou pleiteando um mestrado em ciências ambientais e sustentabilidade, para me qualificar mais ainda para assumir futuras responsabilidades relacionadas à Marketing e Sustentabilidade.
Sem dúvida a ideia dessa coluna é muito boa, mas vou abordar outro ponto neste comentário. Costumo olhar atentamente o modo como um texto é escrito, e esse texto ficou magnífico. Confesso que a minha vontade de acompanhar essa ideia mais de perto cresceu bastante pelo modo como o texto esta escrito e organizado.