Quando o brief do cliente chega a agência, o primeiro passo do atendimento é repassar aos profissionais envolvidos com aquele cliente ou projeto, para que esse comece imediatamente. Dentro da equipe, o primeiro time da lista a entregar algo tangível, somos nós, profissionais de planejamento estratégico digital, ou planners, como vou chamar a partir daqui nesse artigo.
Vale lembrar que esse movimento vale tanto para agências tradicionais, as chamadas “offline” como é o caso da DM9, Young&Rubicam, W/McCann como também vale para agências digitais como a TV1.com, Agência Click e A1 Brasil, entretanto, vou fechar os exemplos em agências digitais onde tenho mais experiência.
Mencionei que os planners entregam algo tangível para o processo da campanha (que aqui podemos entender “campanha” como site, projeto especial, hotsite, ação em Redes Sociais…) mas o que seria esse tangível? Apenas o bom e velho Power Point? Nosso inseparável amigo nos ajuda a organizar as informações que “caçamos” do cliente e nos ajuda a expressar nossas ideias?
Diria que o Power Point é apenas a plataforma onde entregamos o nosso trabalho, mas sem a inteligência do planner ele fica em branco. Mesmo que usemos softwares de pesquisa como TGI, Marplan, Ibope, Google Adplanner, Google Adwords, não há software no mundo que substitua a inteligência do ser humano. Sem a nossa inteligência como planner, esses softwares só geram dados/números. A inteligência transforma esses dados em informação relevante para estratégias de ação.
Passamos boa parte do tempo pesquisando informações dos nossos clientes: Quem são, como é o mercado, quem são os concorrentes, o que a concorrência faz, o que não faz, quem são nossos consumidores, público-alvo, decisores, o que há de novo no mercado, quais são as tendências, inovações, melhores práticas de mercado e outros mercados, como o consumidor interage com a marca, como consome. Essas e mais algumas outras perguntas são o que devemos, como planners, responder antes de pensar em qualquer estratégia ou ideia.
O nosso “entregável” que o que podemos chamar de tangível é em si um Power Point, contendo as pesquisas que fizemos, análises, melhores práticas e insights que vão não apenas nortear a estratégia como também inspirar a criação. Nesse material também definimos os objetivos de comunicação (objetivos de marketing quem define é o cliente) e qual o posicionamento que desejamos para a marca no mundo online.
Interessante ressaltar aqui que não é porque uma marca é bem posicionada ou líder de mercado em seu segmento no mundo online que esse cenário vai se repetir no mundo offline. Tomemos como exemplo as Casas Bahia que são disparada a maior rede de varejo do Brasil, mas que não vende 10% do que a B2W (Submarino.com, Americanas.com e Shoptime.com) vende, assim como, a Casa Bahia deve vender muito mais do que as Lojas Americanas (física) em volume financeiro.
Em nosso material, ainda devemos entregar as estratégias e táticas que serão usadas na condução da marca e como esperamos atingir as metas do cliente, passando pelo plano de como vamos mensurar tudo o que está sendo feito. Lembre-se que Internet é 100% mensurável, logo, meça cada passo, cada ação, cada movimento de concorrência, consumidor e performance do site, aliás, esse artigo deseja explorar muito esse conceito de mensuração para melhorar a conversão e a performance do site.
Cada ação aqui é consequência de outra ação, as estratégias não saem sem objetivos, que não são atingidos sem as táticas que não dão certo sem entender o público-alvo e muito menos sem entender o que acontece no universo do segmento, ou melhor, em todo o cenário. Tudo é um ciclo que deve ser mensurado e claro, muito embasado em pesquisas. Toda essa mensuração é – reforço a ideia – a base para o aumento da conversão.
Planejamento feito, entregue. Pronto para outra?
Claro que não! O planejamento só começa quando o site está no ar, lembre-se sempre disso!
Entretanto, podemos concluir sim que a 1ª parte do planejamento está entregue. Agora esse planejamento vai embasar a criação, a compra de mídia, as ações nas Redes Sociais, a otimização no Google, a estratégia de geração e gestão de conteúdo. O ponto básico desse embasamento é: ser relevante para ser ouvido…
Semana que vem, tem a 2ª parte. Não perca